O Village Classic Cars 2024, uma das mais importantes exposições de veículos antigos do Brasil, foi realizado de 19 a 29 de setembro, no Rio de Janeiro. O evento é organizado pelo Veteran Car Club do Brasil, com total apoio do shopping Village Mall, que além de ceder o espaço do seu Centro de Eventos, também atua na parte logística e administrativa em conjunto com o clube. O resultado é este fantástico evento anual, imperdível para qualquer entusiasta de veículos antigos.
Mais uma vez, tivemos a honra de participar de alguns dias do pré e do pós evento, quando os carros da exposição chegavam e também em um dos dias de retirada dos veículos do Centro de Eventos. Com isso, foi possível ter alguma noção do quão difícil é a organização de uma exposição deste tamanho, que está longe de se resumir a escolher os carros e convidar seus proprietários.
Por isso, tomaremos a liberdade de fazer um texto mais longo e detalhado desta vez, pra tentar passar um pouco do que tivemos ao longo de todo o período da exposição e também para matar as saudades de escrever um pouco mais…
Os 50 anos do Passat
Começando, claro, pelos Passat. Afinal, não vamos esquecer o objetivo principal da Home-Page do Passat… Para a nossa satisfação, tivemos no Rio de Janeiro no ano de 2024 algumas belas homenagens aos 50 anos do lançamento do Passat no Brasil. Foram homenagens nos eventos de clubes como o VW Clube – RJ, Nictheroy Clube de Veículos Antigos, Amigos do Antigo, entre outros. E desta vez, o VCC proporcionou a vinda do maior número de Passat de todas as edições do Village Classic Cars.
Foram seis exemplares que representaram a história do modelo no Brasil, sendo cinco carros do acervo do Passat Clube – RJ e um do Amigos do Antigo. Eles foram posicionados de maneira a formar uma bela linha de evolução do Passat e com direito a banners que indicavam a data comemorativa.
Começamos pelo Passat L 1976, na cor Bege Alabastro, para ilustrar os primeiros Passat produzidos por aqui. Este Passat tem uma história especial que um dia precisamos contar aqui, tendo sido o carro em que o proprietário conheceu sua esposa e, muitos anos após vendê-lo, acabou encontrando em um desmanche. Mesmo com todas as dificuldades, ele não teve dúvidas em enfrentar o desafio e deu nova vida ao carro.
Em seguida, tivemos o Passat TS 1977 Cobre Metálico, uma das cores mais belas de toda a linha Passat. Esse exemplar tem história e chegou a figurar no cartaz do Encontro Nacional do Passat de 2014, em Caxambu. Continuando na ordem cronológica, o Passat LSE 1980 representou os modelos produzidos entre os anos de 1979 e 1982 e, além de ser uma versão atualmente difícil de encontrar, foi também o veículo mais caro da Volkswagen em sua época.
O Passat GTS 1983, no bonito tom Azul Búzios, é o único ano do GTS sem a denominação Pointer e veio de Teresópolis para abrilhantar a linha do tempo, representando os modelos de 1983 e 1984. Por fim, tivemos os exemplares da linha a partir de 1985, com o Passat LSE Iraque 1987, na cor Cinza Prata, bastante rara para este modelo, e o Passat GL Village 1987, versão que atualmente já não é tão fácil de ver em seu estado realmente original como o da exposição.
Nacionais em destaque
Desde a sua primeira edição, o Village Classic Cars se preocupou em trazer representantes de toda a história da indústria nacional, na medida do possível. Em 2024 não foi diferente e tivemos exemplares dos modelos mais populares produzidos no Brasil e outros nem tão populares assim…
A linha Volkswagen refrigerada a água teve, além dos Passat, um raro Gol Plus 1986, um Santana GLS 1988 e um Gol GTi 1990. Já os VW refrigerados a ar também marcaram forte presença, com modelos que variaram dos icônicos Fuscas aos esportivos Karmann Ghia, TC e SP-2, passando pelos mais familiares 1600 4 portas (ou Zé do Caixão) na sua versão Luxo, Brasília, Variant e Variant II.
A mecânica Volkswagen também esteve presente em inúmeros fora de série nacionais. Logo na entrada do evento, os visitantes contemplavam alguns exemplares de Puma equipados com a tradicional mecânica, que também era usada no MP Lafer e no Bugre que se encontravam na mesma área da exposição.
Passando para os modelos com refrigeração a água, foram exibidas três versões do Miura (menção honrosa ao Miura Clube RJ, que sempre leva belos carros da marca e outros fora de série). O MTS utilizava o motor BS 1.6 do Passat TS e representou uma evolução para o desempenho dos carros da marca. O Miura Spider da exposição foi um dos primeiros a utilizar a mecânica 1.8 do Santana, além de ter um kit turbo Garret instalado pela Larus Turbo. E, por fim, havia o modelo Top Sport com mecânica AP 2.0.
Vale destacar o PAG Nick Dacon, cuja história da empresa se mistura à do Passat no Brasil. De dimensões reduzidas e equipado com motor AP 2.0, o carrinho de apenas dois lugares produzido em Santana do Parnaíba era feito com base na Saveiro. Com um valor elevado em sua época, o modelo foi destinado a um público bastante restrito e teve baixa produção.
Além destes fora de série nacionais, havia dois Puma GTB, que utilizavam motor 4.1 da Chevrolet, assim como o Santa Matilde. Encerrando os fora de série com a mesma mecânica, tivemos duas réplicas pouco conhecidas pelo grande público, mas que despertam o interesse dos antigomobilistas: uma delas é o paulistano Fera XK, réplica do Jaguar XK 150 1957 que tinha grande cuidado em seu acabamento.
A segunda foi o Phoenix, produzido também nos anos 80 pela LHM Indústria Mecânica Ltda., do Rio de Janeiro, como réplica do Mercedes Benz 280 SL. Com produção estimada em aproximadamente 200 unidades, o Phoenix poderia vir não apenas com o motor de 6 cilindros do Opala, mas também com o de 4 cilindros, além de câmbio manual de 4 ou 5 marchas ou mesmo o automático. Embora pouco conhecido, o modelo ganhou visibilidade recentemente quando um exemplar foi usado em cenas importantes de alguns capítulos do remake da novela Renascer, da Rede Globo.
Na linha GM, não poderiam faltar os Opala e Caravan. Foram escolhidos veículos das décadas de 60 a 80 para representar os modelos. Ao lado deles, o Omega, sucessor da mesma faixa de mercado do Opala, e uma impecável Blazer DLX, que já belisca seu espaço como veículo de coleção. Os Chevette e Monza também foram devidamente representados no espaço destinado aos Chevrolet, além do Kadett GSi, junto aos esportivos nacionais.
Já entre os Ford, houve uma boa presença das Belina. Incluímos nesta lista a rara versão Scala 1983 e o Corcel II Van 1982, que, apesar do nome, obviamente utilizava a carroceria da Belina. São poucos os exemplares conhecidos atualmente desta versão, com muitos deles tendo sido adaptados posteriormente para veículos de passageiros ao longo de sua vida útil. O Corcel II Van da exposição teve apenas dois proprietários, tendo passado quase toda a sua vida como carro de serviço de uma clínica veterinária no bairro carioca de Campo Grande. Em suas laterais, a pintura com a logomarca da clínica foi preservada, respeitando a história deste exemplar.
Além das Belina, a Ford do Brasil também foi representada pelos Corcel e Corcel II, além dos Galaxie, Maverick e Escort XR3.
Os visitantes também puderam apreciar os imponentes Dodge Dart SE, Charger e Magnum. E tivemos também os Dodge 1800 e Polara, já em seus tempos de despedida e na versão GLS. Como aqui não é futebol, nós apreciamos demais este concorrente do Passat.
A Willys Overland foi representada pelo Interlagos que estava logo no início do evento, e também pelo Gordini II, Aero Willys 2600 e o raro e imponente Itamaraty Executivo, a primeira limousine nacional. O modelo sempre chama a atenção e esta unidade é da versão Standard – havia também a Especial, com alguns itens mais requintados e console central no banco traseiro – e possui o estofamento branco para os passageiros, sendo que a parte dianteira é em vinil preto, e preserva até mesmo o toca-fitas de cartucho Clarion.
Menção honrosa para os dois Fiat nacionais presentes: o primeiro por ser um Fiat 147 da série especial S 500.000, de tiragem bastante limitada, mas que não temos a informação da quantidade exata. O S 500.000 foi comemorativo às, como o próprio nome sugere, 500.000 unidades de Fiat produzidos no Brasil, alcançadas em 1982. Além de ser uma série pouco conhecida, o mesmo se encontrava bastante original e com interior impecável. E o segundo, um Prêmio CSL, estava simplesmente novo em folha, como se tivesse acabado de sair da concessionária.
Havia ainda uma seção reservada aos carros de serviço. Duas viaturas pertencentes a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, um Fusca e uma Veraneio, foram trazidas pela corporação para exibição no evento.
Ao lado delas, estavam as pick-ups Ford F100 e um Fargo 1950. Esta última, de Niterói, onde durante décadas pertenceu a uma empresa de venda de gelo no bairro de Icaraí. Essa empresa possuía outros Fargo, até mesmo com baú, na mesma cor verde escuro e que trabalharam até o início deste século. O exemplar em exibição foi totalmente restaurado e se apresentava como novo. Terminando a área de veículos de serviço, três Kombi, sendo uma delas do próprio Veteran e que ficou posicionada atrás do balcão do clube.
Gurgel
A participação de quatro veículos da Gurgel, a maior montadora de origem brasileira que tivemos, também merece ser mencionada, até mesmo pela peculiaridade dos exemplares. Mesmo em meio a tantos modelos importados e mais antigos, com seus ofuscantes cromados, era impossível não prestar atenção nos carros escolhidos para essa edição.
O mais antigo deles era o QT, primeiro modelo produzido oficialmente pela montadora e que foi uma evolução do Ipanema. O exemplar da exposição faz parte da mesma família desde 0km, tendo sido passado de pai para filho. Faz parte do acervo do clube Antigos de Itaipu, de Niterói, e é um modelo raro, com poucos exemplares conhecidos no estado do Rio de Janeiro.
Os demais Gurgel vieram do estado de São Paulo, da coleção Garage Brazil, de onde também vieram dois dos Miura e o PAG Nick. Seguindo a ordem cronológica, temos o reto e abrutalhado X-15 1979, um jipão projetado para uso militar e posteriormente comercializado para uso civil. Ele era caracterizado pela ausência total de qualquer item que remeta a luxo ou excessos, tendo apenas o essencial para o uso a que se propõe. Isso inclui até mesmo maçanetas sem chaves e janelas plásticas que ficam enroladas ao abrir.
Para abrir as portas por dentro, basta puxar uma fita de tecido (este item rústico não é uma exclusividade, sendo uma cordinha usada, no mesmo evento, até no esportivo britânico MG 1959). Na ausência da tração 4×4, havia o sistema Selectraction, que bloqueava a roda traseira atolada e transferia a força para a outra roda através de duas alavancas no assoalho e era comum a outros modelos da marca.
Sua direção é bem pesada, até mais do que era esperado devido aos largos pneus para uso em terrenos acidentados. Manobrando o carro durante a organização do evento, a impressão que se tinha era a de estar realizando o décimo terceiro trabalho de Hércules. O jipão, porém, era extremamente eficiente em seu habitat natural: tudo o que não for asfalto. Mas não se enganem com as dificuldades relatadas: dá vontade de dirigir o X-15 muito além das manobras em um espaço fechado.
Bastante curioso também era o G-800 cabine dupla, ano 1986. Para quem não está habituado com a história da Gurgel, o exemplar lembra uma Kombi meio esquisitona. Convenhamos que o estilo nunca foi algo unânime na marca. Porém, o exemplar – movido a álcool, nesse caso – esbanja espaço interno em seu enorme habitáculo, onde mesmo passageiros bem altos podem sentar no banco traseiro e esticar as pernas por completo.
Vale destacar que o modelo tem três portas, com o acesso ao banco traseiro apenas pelo lado direito do carro. O lado esquerdo, após a porta do motorista, é ocupado por uma grande área envidraçada. O acabamento interno é bom para a época, e provavelmente os G-800 fizeram as viagens de algumas famílias serem mais confortáveis. Apesar das características mais direcionadas a vias pavimentadas, o modelo também conta com o Selectraction.
Por fim, e totalmente oposto ao espaço interno do G-800, temos o simpático e diminuto Motomachine Patrol. O Gurgelzinho era, acreditem, cerca de 15 cm ainda menor do que o já minúsculo Motomachine convencional e foi um protótipo idealizado e testado para a Polícia Militar do Estado de Minas Gerais para rondas preventivas. Ele chamou bastante a atenção do público e dos expositores durante o evento, sendo mais uma página pouco conhecida da história da saudosa Gurgel, e felizmente preservada em uma coleção.
Entre suas peculiaridades, os vidros laterais são, na verdade, de acrílico, e o espaço traseiro conta com itens como cone, rádio comunicador, cacetete, entre outros. Posicionado próximo das duas viaturas da PM do Rio de Janeiro, a cena foi um dos muitos pontos interessantes do Village Classic Cars 2024.
O retorno do Woerdenbag
Um dos carros mais emblemáticos de todas as edições do Village Classic Cars foi o Woerdenbag. O exemplar único e de nome difícil foi construído em 1956 por Thomas Woerdenbag, no Rio de Janeiro, a partir de um chassi biposto feito em 1939 pelo seu pai, Johanes, em sua oficina e que havia sido utilizado em competições com um motor Studebaker de 8 cilindros em linha.
Depois de alguns anos com o chassi sem uso na oficina, Thomas, que, por curiosidade, era tio do cantor Lobão, recriou o automóvel como um sofisticado esportivo de rua, dotado agora de motor Packard também de 8 cilindros e câmbio Jaguar. Com carroceria moldada em alumínio pelo próprio Thomas, o Woerdenbag foi tomando forma e recebeu itens de outros carros da época, como faróis de Buick e lanternas de Belair.
O resultado foi um sucesso nas ruas da Cidade Maravilhosa e o carro acabou aparecendo em pelo menos uma capa de revista e anúncios publicitários. Durante décadas, o seu paradeiro foi desconhecido e a sua história era lembrada ocasionalmente por entusiastas. Até que, poucos anos atrás, o carro foi encontrado em estado de abandono em uma oficina na cidade de São Paulo, já pintado de vermelho e com um teto de chapa removível, um item que não fazia parte do projeto original.
Em 2020, o Woerdenbag foi adquirido por um colecionador e, em 2024, levado ao evento de Araxá. Agora, enfim, voltou a dar as caras no Rio de Janeiro, no mesmo estado em que foi adquirido, com uma bagagem repleta de história. Junto a ele, foi exibido o motor Studebaker de competição que o carro utilizou em sua época de competições. Mais detalhes da história do Woerdenbag podem – e devem – ser lidos no excelente site Lexicar, a enciclopédia dos automóveis nacionais.
Estrelas internacionais
E sim, já gastamos linhas e linhas escrevendo – pouco, diante de tanta história – sobre os nacionais e nem falamos ainda dos importados. Neste evento, sempre temos muito o que ver e falar sobre eles.
Pra começar, e mostrar o alto nível do que se veria lá dentro, quem entrava do Centro de Convenções já observava, antes mesmo do balcão da recepção, dois curiosos veículos anfíbios. Um deles é o simpático alemãozinho Amphicar 770, produzido no lado ocidental de Berlim entre 1961 e 1968. O carrinho usava o motor do Triumph Herald, de pouco menos de 1200 cc, e teve aproximadamente 3800 unidades produzidas. Foi o único carro anfíbio de produção em massa destinado ao público civil.
O outro era o rústico jipe Ford GPA, de propriedade da Marinha do Brasil. Com o desenho típico de uma embarcação, esta unidade consta como sendo a única preservada pela Marinha, que só deixou de usar este modelo oficialmente em 1982. A história deste modelo nas Forças Armadas brasileiras começou em 1942, incluindo 5 unidades entregues para a FEB diretamente na Itália durante a 2ª Guerra Mundial.
Ao entrar na área do evento, os visitantes já poderiam apreciar o quase centenário Cadillac Town Car 1927. Com direção do lado direito, o luxuoso modelo foi encarroçado pela Castagna, da Itália. E não era o carro mais antigo por lá, já que havia ainda um Dodge 1924 e o emblemático Ford T 1925. Ainda entre os veteranos, não podemos deixar de citar o Ford B Roadster Sport 1932, cujo proprietário veio rodando de Vitória, no Espírito Santo, especialmente para trazer o carro para o evento.
Os Cord também se destacaram, como não poderia deixar de ser. A começar pelo modelo L29 ano 1932, com seu longo capô e os belos faróis Woodlite, opcionais que equipavam alguns poucos, e caros, carros da época, como Auburn, Duesenberg ou os raros, e por vezes coloridos, Ruxton, além dos próprios Cord. Em seguida, o Cord 810 ano 1937, que também chamava a atenção pelos faróis. Neste modelo, os faróis eram escamoteáveis e poderiam abrir cada lado de maneira independente, girando uma manivela no painel para cada um.
Completavam as figurinhas da indústria norte-americana dezenas de modelos dos anos 50 até 90. Mustang, Camaro e Corvette, os esportivos mais emblemáticos, estiveram bem representados, com aproximadamente dez exemplares no total. Marcas famosas já extintas, como Oldsmobile, Plymouth, Mercury e Pontiac, também foram lembradas.
O curioso Willys-Overland Jeepster, um Jeep com jeitão mais sofisticado e um tanto esportivo, feito para tentar alcançar a fatia de mercado dos carros de passeio, não fez muito sucesso e apenas cerca de 20 mil unidades foram produzidas em três anos. E uma destas unidades podia ser apreciada no evento. No Brasil, a Willys chegou a pensar em algo parecido com a nossa Rural, apresentando o protótipo Saci no primeiro Salão do Automóvel. A ideia, porém, não foi adiante.
Mas e os europeus? Tinha pra todos os gostos. Os alemães estavam em maioria, com diversos Porsche e Mercedes, mas também com BMW e Audi, além do já citado Amphicar. Chamava a atenção um modelo 190E caracterizado como o carro que Ayrton Senna correu, e venceu, uma corrida entre pilotos de F1 em Nürburgring no ano de 1984, assim como também se destacou o Volkswagen conversível.
Os carros ingleses não ficaram atrás. A Jaguar teve um bom número de exemplares, incluindo os unânimes E-Type. Mas os britânicos também estiveram presentes em marcas e estilos variados, como Rolls Royce, Bentley, MG, Austin-Healey, Aston Martin e Triumph. Em posição de destaque estava um dos Aston Martin, o modelo DB6 1969.
Da França, tivemos apenas um exemplar, porém de forte representatividade: o Citroen DS 1968. O exemplar não nos deixou sentir falta de outros carros franceses na exposição. E da Itália nunca faltam as Ferrari, para a alegria do grande público. Porém, vamos falar aqui de outros dois italianos que também se destacaram. O Fiat 850 Coupé 1968 estava magnífico. Já o Lancia Thema 8.32 tem essa denominação por ser equipado por nada mais do que um motor Ferrari de 8 cilindros em V e 32 válvulas. O modelo, praticamente desconhecido no Brasil, também possui excelente acabamento interno e não poderia deixar de ser mencionado. Foram produzidos aproximadamente 4 mil unidades desta versão.
Finalizando, tivemos um trio de esportivos japoneses dos anos 90 que teriam vaga facilmente na garagem de boa parte dos entusiastas: o Mitsubishi 3000 GT e os Mazda MX3 e Miata. Boas lembranças da época da reabertura das importações…
Em resumo, o Village Classic Cars 2024 foi mais uma aula de história da indústria de automóveis, como já estamos acostumados a ver anualmente. Fica até difícil selecionar as fotos e sobre o que escrever, por receio de faltar algo importante, e vai acabar faltando mesmo.
Encerramento e homenagens
Na noite de 29 de setembro, novamente tivemos casa cheia para o encerramento do evento, com o encontro de muitos amigos. O público votou, ao longo de todo o evento, nos seus carros preferidos e os escolhidos foram, na ordem, a Ferrari Dino, o Plymouth Roadrunner e o Studebaker Commander. Os proprietários, ou seus representantes, receberam os merecidos troféus pela aclamação popular.
Ainda nesta noite, a diretoria do Veteran Car Club do Brasil recebeu dois troféus de homenagem do Passat Clube – RJ. O primeiro foi dedicado a todo o clube, e recebido pelo presidente Fernando Gameleira, em agradecimento à área destinada aos 50 anos do Passat. Foi uma bela homenagem durante vários dias e, mais uma vez, foi possível mostrar ao público a história do modelo no nosso país.
Já o segundo troféu foi entregue ao Diretor Social do Veteran, Gutenberg Baptista, também associado do Passat Clube – RJ, e que não apenas iniciou a ideia desta homenagem aos Passat, mas também foi um dos membros do clube que atuou com persistência para que o Village Classic Cars 2024 fosse realizado de maneira impecável durante todos os dias.
Ao final do evento, a diversão ainda continuou por alguns dias, com o início da retirada dos carros e a volta para suas garagens ou coleções. O Village Classic Cars 2024 foi fechado com chave de ouro. A Home-Page do Passat gostaria de dar os parabéns a todos os organizadores e esperamos pela edição de 2025!
Bom dia .
Gostaria de saber o porque não há nenhum artigo , reportagem , nem nos nomes de clubes daqui da pág. , nem de eventos do Club Steel Passat , um dos maiores representantes do modelo no momento em SP ?
Bom dia, Denner! Aqui sempre funcionamos publicando os eventos onde vou ou então quando alguém colabora enviando o material para publicação.
E como moro no RJ, não tive ainda a oportunidade de participar dos eventos do Steel. Da mesma maneira, faz bastante tempo que não recebo nada sobre nenhum evento de Passat de outros estados.
Se você ou alguém quiser colaborar, por favor entre em contato por e-mail para combinarmos como fazer o envio das imagens e dos dados dos eventos.