A opinião de Bob Sharp

Em 1997, na extinta lista de discussão do site Best Cars, o assunto girou em torno do Passat, e entre os e-mail’s enviados, um chamava a atenção pelo ponto de vista abordado. Quem havia enviado o e-mail era o jornalista e ex-piloto Bob Sharp, que certamente todos os fanáticos por automóveis já leram alguma reportagem ou coluna de sua autoria em revistas e sites especializados.

 Coloco a disposição o seu texto, devidamente autorizado.

 

A opinião de Bob Sharp

 “Talvez vocês, que acredito bem mais jovens do que eu (tenho 55 anos) não tenham presenciado a chegada do Passat no Brasil, em 1974. Pessoal, foi um contraste tão grande em relação ao que existia aqui que parecia irreal. Além disso, era um VW anti-VW, pois tinha motor, câmbio e tração dianteiros, vinha com pneus radiais, a refrigeração era a líquido, o comando era no cabeçote por correia dentada, a geometria de direção trazia raio de rolagem negativo e os dois circuitos hidráulicos eram em diagonal.

   

Outras características do Passat que o tornavam “anti-VW” à época era o fato de trazer molas helicoidais ao invés de molas (ou barras) de torção, e estrutura monobloco, pois o Fusca e seus derivados tinham carroceria e chassi separados (só a Kombi já era monobloco, desde o início). Uma revolução!

 E o Passat tinha um jeito de carro importado que agradou em cheio. O motor 1,5 litro de 65 cv era fantástico para os padrões da época, suave, elástico e muito silencioso. Marcou época. Se a VW tivesse lançado pouco depois a perua Passat não sobraria para a Belina. Mas preferiram lançar a Variant II, um fracasso total…”

A Home-Page do Passat agradece ao Bob Sharp por ter permitido publicar sua mensagem aqui e compartilhar sua opinião com os proprietários e admiradores do Passat.

Um comentário

  1. Bob Sharp é um monstro do automobilismo! Sem querer influenciar apelos a autoridade, mas quando ele diz a chance de ser verdade é altíssima. Aliás, não vivenciei nem em sonho esta época, mas provavelmente o que ele diz sobre um passat perua poder ter tido grande potencial de sucesso faz muito sentido.

Deixe uma resposta